Este Inferno de Amar
Este inferno de amar - como eu amo!-
Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é vida - e que a vida destrói -
Como é que se veio a atear,
Quando- ai quando se há-de ela apagar?
Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... - foi um sonho-
Em paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! despertar?
Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o sol tamta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei;
Mas nessa hora aviver comecei...
Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que doi e não se sente;
É um contentamente descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontande;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode ser favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Por Ti
"A teu lado eu quero ficar
teu corpo sentir
tua boca beijar tudo em ti
faz meu coracao sorrir
por ti tudo faco
por mim nada podes fazer
pois tu nao sabes
o sentimento que abarca
todo o meu ser"
"ALGO IMPOSSIVEL"
Tento pensar, no que nao consigo;
tento sonhar, com o que nao quero;
tento amar, quem nao me ama;
tento querer, quem nao me quer;
Distância
Meu amor deixo-te assim
No meio desta solidao atormentada
Foi o nosso amor uma alvorada
o sol que nasceu em mim
Nada mas te peco nem que me ames
Nao quero do teu sofrimento ser culpada
Quero me me lembres com paixao
como uma musica que nunca foi tocada
Foste a minha ilusao....
O meu sonho...
O meu vicio...
Invadis-te a minha irrealidade
Queria-te tanto amor,,,mas nunca te tive
Sinto em mim uma eterna e dolorida saudade
A pensar em ti
" Belo e esse teu olhar
em que nao paro
de pensar
Tua boca dificil
de Beijar
Aumenta em mim
o desejo de te tocar
Anseio sempre ao pe
de ti estar
Mas o que eu quero
e te abracar
Olho para ti e comeco
a imaginar
Todo o teu corpo sentir
e acariciar
Espero nunca te deixar
de Amar..."
Mar Portugues
O mar salgado, quanto do teu sal
Sao lagrimas de Portugal
Por te cruzarmos, quantas maes choraram,
Quantos filhos em vao rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, o mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma nao e pequena.
Quem quer passar alem do Bojador
Tem que passar alem da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele e que espelhou o ceu.
Senhor, a noite veio e a vontade e vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje, no silencio hostil,
O mar universal e a saudade.
Mas a chama, que a vida em nos criou,
Se ainda ha vida ainda nao e finda.
O frio morto cinzas a ocultou:
A mao do vento pode ergue-la ainda.
Da o sopro, a aragem - ou a desgraca ou ansia-,
Com que a chama do esforco se remoca,
E outra vez conquistamos a Distancia-
Do mar ou outra, mas que seja nossa!
Só. O quarto escuro onde me escondo. Redondo espaço onde o verbo e o
cansaço se deixam dominar. Dedo apontado ao infinito e a janela, aberta, que
faz entrar o chão e a visão deste luar.
Há momentos em que danço, louco, e avanço pouco a pouco pelo sono que
se espanta e me traz a liberdade.
Desenho no ar a fragância fresca do metal, e deixo que o ouro me toque
a pele para se perder entre o certo e o banal.
Quanto pó repousa entre ti e a saudade!
Quanta espuma se faz rocha enquanto o grito, aflito, não salta longo da
sirene de cristal. Apago a luz e volta a claridade. Finalmente a lua que torna
meiga ao regaço, e dorme nua no meigo aperto dum abraço.
Silêncio. A negra tela que salpico com a frieza da música. Mulher que
amo uma só vez, porque virgem é ser-se belo e só. Como a morte, que ataca
forte, pausada e lenta, não volto nem minto. Branco céu onde escrevo a minha
história, o meu destino.
O meu silêncio é assim. Surdo e demente. Louco ébrio no coração da
cidade, à procura de amor, calor e violência. E, se encontra os gnomos que
surpreendem na noite os mais secretos e espantosos esconderijos, faz-se sémen
vagabundo, pólen profundo, e, qual cão vadio, não se deixa nunca seduzir nem
apanhar. É nortada eterna que acotovela a encosta da serra e se desfaz na doca,
na boca de prostituta. É o cálido muro que esmurro a côr de sépia mole, e
risco com crayon de cera virtual. É a enorme folha branca que me acorda noite
fora com pesadelos e falésias, e o terror de morrer entre a espada e o vazio,
sem chegar a dizer o grito que em mim encerra.
Silêncio É o nú espaço que habito, que palpito louco de solidão.
Teus braços a música onde me deixo perecer. Sem perceber.
Todos Iguais todos Diferentes
"Ao passarmos
pela rua,
alguem nos estende
a mao,
um velho a pedir
esmola
ou uma crianca
a pedir pao.
Sao os sem-abrigo
que vivem a mendigar
por uma pequena
esmola;
sao capazes ate
de chorar.
Fazem de quase tudo,
para poderem
sobreviver,
desde arrumar carros,
ate pensos vender.
Ninguem se importa
com eles,
todos os tentao
ignorar
estes seres
esquecidos
que nao tem o direito
de sonhar."
Noites de Mar
Noites de Mar
Mar que encontro
de encontro a mim
Mar selvagem que cheira
a carmim
Voluvel e solto como a
alma em meu ser...
prisioneiro divino
do meu viver
Mar de Magia
do vento, da noite
Mar dos Olhos
dos meus sonhos, a fonte
Mar de belesa
quimera e cetim
Mar que encontro de encontro a mim
UM
CANTO
Foi
como uma alternativa ou uma proposta
que
se fez um canto.
Não
um canto com ângulo ou cifrado,
mas
um canto cantado.
Cantado
em versos e prosas.
Com
sabedoria e diversão.
Com
prazeres e compreensão.
Um
canto amigo,
porto
seguro de um sentimento sentido
em
uma mesa de bar
onde
o assunto é falar
De
um lado temos Rhaios Felinos Analogos Kativos
De
outro Misselanea Biologica - graXinha.
Nao
tão constantes
Uma
enTonyaçao Nairada ao Kubo Rufantes
A
bebida é servida
O
xarope diversificado
Comes
e bebes
Música
e poesia
Grande
sabedoria
E
com o espírito carregado de emoção
Nesse
momento lindo de ilusão
Onde
o sonhar é viver
O
amor renascer
De
renovada esperanca...
Amigos
... O #luso-brasileiro encanta
VALE
APENAS VIVER...
Quero
poder um dia,
Sentar
em um campo de flores
E
sentir que valeu apenas viver.
Quero
subir a mais alta montanha,
Encontrar
minha paz,
Construir
o meu reino,
E
sentir que valeu apenas viver.
Quero
beber da mais límpida água,
Dominar
e ser dominado pelo mais puro sentimento,
Quero
amar e ser amado pela mais bela mulher,
E
sentir que valeu apenas viver.
Quero
viver e quando estiver no final,
Olhar
para trás e dizer.
Valeu
apenas viver.
BRINDEIS
AOS LOUCOS
Brindemos
todos nós...
bebamos
do cálice eterno
da
mais pura, límpida, bela
e
porque não dizer sacana poesia.
Pois
assim glorificareis vossas almas
e
umedeceis vossos corações.
Iluminando
o mais escuro dia,
e
acalantando a mais perversa noite.
Brindemos
aos apaixonados,
correspondidos
ou não...
Brindemos
ao bravo guerreiro
e
ao guerreiro amedrontado...
Brindemos
as crianças,
brindemos
a velhice.
Bebamos
a vida e a morte,
pois
esta o inicio de uma nova vida...
Bebamos
a Deusa, a Deus,
ou
a quaisquer que sejam as crenças.
Brindemos
aos acertos e aos erros,
a
vitória e a derrota.
Brindemos...
simplesmente brindemos,
ao
que sois ou ao que és,
ao
que sou e ao que somos.
Brindeis
e chorais,
brindeis
e sorrirdes.
Brindeis
ao louco,
que
no resplandecer de sua loucura
debulhou
suas palavras e escreveu
esta
que vos leis.
Um
brinde a todos nós,
loucos
na loucura ou não.
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